Segundo a 7ª edição Pesquisa Game Brasil, 41,5% do público de videogames tradicionais realiza a atividade em sessões de até 3h
Mesmo com a popularização dos smartphones e a ascensão do PC, é no bom e velho console doméstico que o público gamer brasileiro passa mais tempo jogando. É o que aponta a 7ª edição da Pesquisa Game Brasil (PGB), segundo a qual 41,5% dos jogadores videogames realiza sessões de até 3h, e 17,6% por mais de 3h.
Para efeito comparativo, o público gamer de PC que joga entre 1h e 3h é de 32,1%, embora 19,3% jogue por mais de 3h. Em relação à frequência, nos consoles, 28,9% realizam a atividade de 3 a 6 dias ao longo da semana, enquanto 20,3% jogam diariamente, o que se deve ao fato dos jogos serem mais imersivos e necessitarem de mais tempo.
Além disso, 58,2% do público de console joga online, sendo a PlayStation Network a rede mais utilizada, com 53,7%. Conectados, 32,1% desses gamers realizam a atividade de 3 a 6 dias por semana, e 49,2% em sessões de 1h a 3h. Os gêneros mais jogados são de ação (89,9%), aventura (88%), estratégia (86,1%), corrida (86%) e tiro/shooter (85%).
Embora 47,5% utilizem o console apenas para jogar, 47,9% ouvem música, assistem a filmes ou séries e realizam leituras por meio do aparelho. Entre outros hábitos, 13,8% conversam por meio de chats e acessam redes sociais nos videogames, enquanto 12,6% realizam compras e 12,5% compartilham e baixam arquivos.
Faixa etária elevada e maior poder de compra
De acordo com a PGB, o público de consoles é predominantemente adulto, com 37,5% possuindo entre 25 a 34 anos. Antes dos jovens de 16 a 24 anos, que representam 29,6%, o segundo maior grupo é o de meia-idade, com 32,9% na faixa de 35 a 54 anos. O sexo dos jogadores é predominantemente masculino, mas com uma parcela significativa de mulheres (33,7%).
Trata-se, ainda, do público com maior poder de compra entre as demais plataformas, no qual 27,9% são de classe alta (A/B1) e 56,1% de classe média (B2/C1). “Essa elitização faz sentido considerando o valor dos jogos e dos próprios aparelhos, que ainda são feitos especialmente para jogar, diferente dos celulares e computadores que possuem usos diversos”, constata Carlos Silva, Head de Gaming na Go Gamers.
Em relação ao último console comprado, a maior parte do público adquiriu via revenda oficial, sendo 38,8% em lojas físicas e 23,6% em e-commerces. A aquisição de usados também aparece com destaque nos videogames, com 7,9% fazendo negócio com amigos ou conhecidos e 7,6% comprando em lojas online (como OLX, Mercado Livre e Enjoei, por exemplo).
Outra questão apurada pela pesquisa é que 40,2% deste público prefere não gastar nada além do investimento nos consoles e jogos. Mesmo assim, 23% adquire expansões de títulos e 21,4% paga assinaturas para ter acesso ao multiplayer online. Uma parcela menor compra itens de melhoria (17,3%), moedas virtuais (15,5%) e consumíveis de conveniência (12,2%).
PlayStation e outras preferências
Em relação às marcas, a PGB mostra que os aparelhos da Sony lideram em todos os sentidos. Em popularização, 38,4% dos gamers de console possuem o PlayStation 4 (PS4). Embora o Xbox 360, da Microsoft, fique em segundo lugar com 29,4%, apenas 22,5% possuem rival direto Xbox One, enquanto 23,6% conta com o PS2, 22,6% com o PS3 e 11% com o PS4 Pro.
A diferença permanece quanto ao aparelho que oferece a melhor experiência para jogar, com 35,7% preferindo o PS4 e 22,5% o PS4 Pro. Xbox One e Xbox One X aparecem mais distantes, com 11,3% e 10,2%, respectivamente. Também da atual geração de consoles, o Nintendo Switch conta com apenas 1,7% de preferência.
De acordo com o estudo, a principal vantagem de jogar no console, para 32,3% do público, são os títulos exclusivos, disponíveis apenas nestas plataformas. Utilizar os aparelhos para outras finalidades aparece na sequência, com 30,4%, enquanto a jogabilidade e presença de amigos no mesmo ambiente aparecem por último, com 28,4% e 22,5%, respectivamente.
Realizada pelo Sioux Group, através da unidade de negócios Go Gamers, ESPM e Blend New Research, a PGB ouviu 5.830 pessoas em 26 Estados e no Distrito Federal, no mês de fevereiro.